Apesar de já anteriormente ter tido contacto com as definições de Nativos Digitais e Imigrantes Digitais, nomeadamente quando li a obra de Marc Prensky “Don `t Bother Me Mom- I´m Learning!” , a leitura dos dois artigos propostos nesta Actividade 1, que por acaso são deste mesmo autor, permitiram-me um melhor conhecimentos das diferentes formas de agir e pensar
destes dois tipos de gerações de utilizadores de tecnologias.
Este trabalho permitiu-me consolidar os conhecimentos que já tinha desta temática, mas mais que isso, permitiu que em pequeno grupo debatêssemos e reflectíssemos sobre como nos avaliamos e nos posicionamos perante esta quase dicotomia de caracterização dos usuários das TIC.
Marc Prensky (2006), coloca a seguinte dúvida:
“… in my view, the single bigges problem facing education today is that digital immigrant parents and teachers, who came from the pré-digital age, are struggling to teach a population that speaks an entirely new language”.
Para compreendermos melhor o ponto de vista deste autor, podemos seguir, como exemplo, a sua apresentação realizada em 25 de Novembro de 2009, no Encontro Nacional de Informática Educativa, no Chile:
Na minha opinião, tal como na aprendizagem das línguas, existem nativos e imigrantes, mas não basta saber línguas, é necessário saber aplicá-las correctamente. Existem por isso, nativos de uma língua que são iletrados ou não têm capacidade de usar essa língua de forma funcional. Por outro lado, surgem imigrantes, que aprendem essas línguas já tardiamente (utilizando para isso, zonas neurológicas diferentes das utilizadas pelos nativos na sua aprendizagem inicial da língua), mas conseguem dominar essa língua quase na perfeição, chegando mesmo a adquirir algumas das características típicas dos nativos, tornando-se muitas vezes funcionalmente proficientes na utilização dessa língua.
Será que o mesmo não pode ocorrer com os nativos e imigrantes digitais?
Quero com isto dizer, que me parece imperioso que os educadores, sobretudo os docentes, sejam cada vez mais capazes de se tornarem funcionalmente competentes na utilização das TIC, para que possam servir de guia aos seus educandos nativos digitais, de forma a que estes se sintam em segurança e contextualizados nas suas aprendizagens.
Só conhecendo bem as características que diferenciam os nativos dos imigrantes digitais é que podemos vir a ser bons guias no contexto tecnológico.